sexta-feira, 25 de março de 2011

Viagem ao Canadá - de Confins ao Pierre Elliot Trudeau

Boa noite!!!

Sou enrolado, na verdade sou muito enrolado. Confesso que fiquei meio cansado após a viagem e, por isso, somente hoje venho começar a relatar os passos dessa viagem desde Confins (Aeroporto Internacional de Belo Horizonte) até o Pierre Elliott Trudeau (Aeroporto Internacional de Montréal). Bom, vamos lá por que o relato tende a ser longo.

Como sempre deixei para arrumar minhas malas no último momento. No dia 05/03 fui trabalhar na parte da manhã (entenda-se de 06h00 às 12h00) pois trabalho "é mato" na empresa onde me dignifico enquanto ser humano, rsrsrs. Não por acaso somos líderes de mercado! Cheguei em casa lá pelas 13h00 e fui logo dar uma olhada em algumas coisas que eu colocaria em cima de minha cama para já começar a organizar tudo. Minha mãe tinha ido ao centro da cidade comprar alguns acessórios como touca, luvas e mesmo roupa térmica para que eu não morresse congelado em Montréal, rsrsrs.

Para não prolongar muito, fui acabar de arrumar a mala eram mais ou menos 23h30. Tinha acordado 05h30 na manhã anterior e ia acordar na madrugada seguinte 03h30 para seguir para o aeroporto. Resumo da história, estava quase virando um zumbi! Mas a expectativa e o ânimo eram tão grandes, que nem me maculei com as poucas horas dormidas.

Tomei meu banho e num piscar de olhos, estava eu acordado. Chovia forte e continuamente em BH e depois de olhar os últimos detalhes, meu pai e eu nos dirigimos para portão de casa, onde um taxista já nos aguardava para nos levar até Confins. Levamos mais ou menos 50 minutos para chegar até o AITN (Aeroporto Internacional Tancredo Neves). Apesar de ser ainda 05h00 da matina a fila do embarque da TAM já estava grande. Fui logo entrando nela e chegando na atendente fui questionado sobre em qual endereço ficaria no Canadá e fiquei meio tenso pois ela achou "ruim" que meu passaporte já estivesse para vencer (dia 22/03). Argumentou que alguns países exigiam uma validade de tal documento de no mínimo 6 meses de validade a partir da data da viagem. No fim das contas emitiu o bilhete e fui direto para a sala de embarque pois já eram 05h40 e meu voo estava marcado para sair às 06h00.

Me despedi do meu pai. Logo estava dentro do A320 da TAM. Estava chovendo bem forte na hora em que decolamos rumo a Guarulhos (Aeroporto Internacional André Franco Montoro). O voo levou em torno de 01h10 e sem maiores problemas pousamos e já fomos redirecionados para o embarque internacional. O voo para New York partiria às 08h45. Na hora de entrar no avião novamente fui questionado sobre a validade de meu passaporte (que saco!), mas não reclamei, afinal era um profissional exercendo sua função. Outro questinamento foi feito sobre meu visto de imigrante. A moça perguntou por que estava indo tão em cima da hora, se meu visto tinha sido emitido em agosto do anos passado. Respondi que ainda estava válido e que por motivos diversos somente agora tinha ocorrido a possibilidade da viagem.

A bordo de A330-200 da TAM decolamos mais ou menos às 09h00 rumo a NYC. Delícia, rs!!! Uma senhora foi ao meu lado e durante todo o voo passei por situações cômicas. Primeiro ela me pediu para ajudá-la a ajustar algumas configurações para que pudesse assistir filmes e ouvir músicas no sistema de entretenimento do avião. Até aí tudo bem. Ajudei inúmeras vezes. Em algum momento ela me perguntou o que eu estava indo fazer nos EUA. Respondi que na verdade estava indo para o Canadá para ativar meu status de residente permanente daquele país. Ela sem a menor cerimônia comentou: - Nossa, não sabia que o Canadá estava facilitando assim a entrada de emigrantes. Pensei comigo e com todo respeito: Gente, o que essa encantadora senhora quer dizer com isso?

Voltei a ajudá-la durantes as refeições e na hora de preencher o formulário de entrada nos EUA, comentei com a comissária que não estava indo para lá e o que deveria colocar no endereço de permanênica nos EUA. A nobre senhora então inquiriu: - Você não tem lugar para ficar nos Estados Unidos? Bom, deixemo-la de lado, afinal foram tantos outros acontecimentos que esse post "ficaria" gigante.

Já sobrevoando NYC precisamos esperar uns 15 minutos até ter liberação para pouso. Primeiro devido a chuva que caía na Big Apple e segundo por causa do intenso tráfego aéreo. Pousamos, e mais uns 40 minutos esperamos até que um avião saísse do portão onde estacionaríamos. Nesse meio tempo vi o absurdamente lindo A380-800, maior avião de passageiros do mundo. Bela ave!!!

Me dirige para a emigração e na fila um homem acampanhado de sua esposa me disse: - Você tem cara de quem mora aqui. Respondi que sim, mas que na verdade não morava nos EUA e sim no Canadá, em Montréal. Mentira né gente, afinal era minha primeira vez colocando os pés naquela cidade, naquele país.

Fui chamado pelo agente de imigração que me perguntou se eu falava inglês. - Yes, I do, eu respondi. Me perguntou o que eu estava indo fazer nos EUA e tendo respondido que ia ao Canadá, ele me perguntou o que faria no Canadá? Pensei: - caríssimo, não é da sua conta!!! Respondi: - estou indo para ativar meu status de residente permanente. Quando falei isso quase que o cara pulou da cadeira. - Você vai fazer só isso? Eu, velho de guerra e já sabendo o que estava por vir, respondi categórico: - No, I'm coming to stay!

Vou parar o post por aqui por que até chegar em Montréal, a "via sacra" continuou!!!


À bientôt
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