CSQ em mãos!!!

Olá pessoal,

nem acredito que chegou a minha hora de colocar aqui o relato da entrevista.

Cheguei ao conhecido Formule 1 do Morumbi 10/09 às 17h30 depois de sair de CNF (aeroporto internacional de BH) às 9h30 para VCP (aeroporto internacional de Campinas) onde cheguei às 10h20. De lá peguei ônibus para o centro de Campinas, depois para São Paulo (Tietê), depois as 5 baldiações que fiz até chegar na estação Morumbi, de onde andei até hotel, que fica super próximo.


B738 no qual viajei entre Confins (CNF) e Campinas (VCP).


Em vôo!

Fui dormir às 22h00. Na manhã seguinte acordei às 5 e pouco tamanha era minha ansiedade, fiquei revirando na cama até umas 7 e pouca quando resolvi levantar. Tomei um banho e fui passar roupa no sexto andar do hotel (eles não têm passadeira mas oferecem uma sala com ferro de passar). Revisei por uns 30 minutos alguns tópicos do projeto.


Quarto do Hotel Formule 1.


Dia da entrevista. Lindo dia nublado! Gosto mesmo. O shopping ao lado é o Morumbi.

Depois de me perder duas vezes para chegar ao escritório de emigração, confundi 1511 com 800 (affff) me apresentei às 10:30hs para a moça da recepção que prontamente me autorizou a subida. O escritório é muito lindo e quando cheguei havia um senhor québécois, no máximo 40 anos, que me deixou super à vontade, me dizendo onde era o banheiro e a água, caso quisesse utilizá-los. Daí, fingindo certa tranquilidade, me sentei e fui assistir o espetáculo do Cirque de Soleil (acho que eles colocam para o entrevistado ficar mais calmo).

Daí uns 30 minutos saiu um casal que apesar da seriedade, deixava escapar um toque de emoção, de felicidade pelo CSQ conseguido. Mme Sylvaine fecha a porta e depois abre e vai ao banheiro e sai do escritório. Voltou depois de uns 15 minutos e me chamou para o escritório. A primeira pergunta que me fez eu não entendi, daí ela falou denovo e eu novamente não entendi, por fim ela solta um : - "De onde?" Ah, eu venho de Belo Horizonte, rsrs.

Bom, vamos ao relato da entrevista. Ela me pediu o passaporte, entreguei, e isto minha mão tremendo igual vara verde. Daí ela fala me perguntou por que eu tinha ido pros EUA para ser monitor de acampamento? Expliquei que queria ter experiência internacional, desenvolver o inglês e viver uma cultura diferente. Pediu o comprovantes. Quando ela viu que tinha sido pela YMCA mostrou certo espanto e gostou. Perguntou como andava meu inglês e disse que bom, já em inglês. Ela então pediu para eu falar o que tinha feito no domingo passado. Falei e ela voltou para o francês. Daí ela me falou que tinha visto no meu dossiê que eu havia escolhido Ville de Québec para morar e me pergunta por que? Respondi protamente. Então ela comentou, mas Montréal tem o Festival de Jazz. Eu disse que gostava muito e que iria a Montréal na época do Festival. Então ela disse que era super rápido, 3h de ônibus ou umas 2 horas de carro. Viu na minha descrição de experiência profissional que tinha trabalhado como professor por um mês, daí ela pediu o comprovante daquele trabalho, e depois de um outro estágio realizado. Entreguei os comprovantes ainda tremendo. Me perguntou o que eu faria profissionalmente no Québec. Disse que seria professor e então ela perguntou quais as exigências para ser professor lá e se eu tinha os requisitos mínimos. Expliquei quais eram algumas exigências e ela se deu por satisfeita. Comentou que a Física era uma área muito interessante e complicada, concordei. Daí a conversa já estava bem tranquila e não tinha mais aquela atmosfera pesada (criada por mim mesmo). Ela me perguntou por que queria deixar o meu país? Respondi que principalmente devido à violência. Ela argumentou, mas se fosse São Paulo, Belo Horizonte deve ser tranquila. Discordei e comentei algumas coisas, como o medo de muitas pessoas andando pela rua e receosas de serem assaltadas ou qualquer coisa do gênero. Eu pelo menos me sinto assim. Ela mais uma vez se deu por satisfeita. Comentei que achava bonita a vista que ela tinha do escritório e ela disse: "Onde, só vejo prédios e avenidas e carros?", rsrsrs, não me abalei e até achei certa graça. Daí ela falou que eu podia guardar meus documentos que ela ia dar o resultado. Depois de uns 20 segundos ela diz: - VOUS ÊTES ACCEPTÉ!!! FELICITACION!. Soltei um merci mas estava em festa por dentro. Que sensação gostosa!!!

A entrevista durou entre 25 e 30 minutos. Depois de ter recebido o CSQ eu perguntei a ela de onde ela era no Québec. Ela me disse que de Montréal mas que tinha morado 5 anos em Ville de Québec e que gostava mais do verão na Capitale-Nationale, por que era seco. Em Montréal era muito úmido.

Resumo, ela me deu as duas vias do CSQ, o guia Apprendre le Québec e conversamos mais alguma coisa até um aperto de mão em que finalizamos a conversa. Apesar de eu ser licenciado em Físisca, minha experiência acadêmica é toda em pesquisa, daí ela me colocou no grupo profissional 2111 (Physicien et Astronome).

Mme Hénissart é extremamente simpática, profissional e direta. Não me pediu certificados escolares, nem os de idioma, só o diploma e o histórico da faculdade. Não olhou meu projeto de imigração.

Aos que vão fazer a entrevista, fiquem calmos, se preparem, que vai dar tudo certo. Agradeço imensamente ao grupo Quoi?! de Belo Horizonte e ao pessoal da Comunidade Brasil Québec, todos sempre muito solícitos e prontos a nos ajudar.

Agora é mandar o processo federal.

Merci à tous.

À bientôt.

Mathieu.


No aeroporto de Guarulhos (GRU). Olha aí o B763 da Air Canada. Belezura, rsrs!